Tomara que você
Chegue macia como o vento
E roce o tempo que eu viver
Sem poesia
Mas fingindo ter você
Tomara que um de nós
Quando maduro
Fruto pelo chão
Quando o futuro
Souber no escuro ou mesmo sós
Quando é o trigo e o joio da ilusão
Tomara que essa espera passe calma na janela
E frutifique grão e hera
Além do muros
Por sobre os rumos
Que o meu coração sonhar
Tomara
Que amanhã, um pouco mais sábios
Mais que os lábios dos segredos
Mais que os brancos dos cabelos
Mais que o braço dos abraços
E a gente, sem mais embaraços
Queira ainda se abaraçar